30/05/2015

Á Sombra de colossos _pt 06


Yô Pessoal! Dessa vez saiu com pouco de atraso mas é porque eu ando meio sem tempo ultimamente e vocês sabem como é. Seja como for está aqui o capítulo seis que deu trabalho pra fazer e ficou um pouquinho grande, bom que dá pra aproveitar durante a semana toda ...kkk.... Sem enrolação cique em leia mais e boa leitura!





O Alvo é o coração!




O chão duro e frio machucava as suas costas, seu corpo estava rígido e dolorido. Tentava se lembrar do que aconteceu, mas suas memórias estavam enevoadas. Aos poucos foi abrindo os olhos. Agro, sua égua estava sobre ele o acariciando com o focinho. “Graças aos deuses você esta viva.”

Um enorme salão de pedras e estruturas arquitetônicas surgiu envolta dele, já estivera naquele local, era o chamado templo da adoração.

-Enfim nosso herói acordou. –disse uma voz bifurcada e conhecida.

Vander começou a se levantar e apertar seus olhos, ainda estava atordoado.

-Como vim parar aqui?

Dornme vinha em sua direção, parecia tomar mais forma que da ultima vez que o viu, mas ainda era uma sombra monstruosa.

-Você partiu sem deixar que eu lhe falasse tudo. Apesar de eu mesmo não acreditar que você fosse capaz, mas aqui esta você.

-Me responda!

A sombra pareceu embaraçada.

-Bom, esse é o mecanismo. Toda vez que matar um colosso seu corpo é teletransportado para cá, já que você só pode seguir um novo ídolo partindo daqui. E você também não iria querer passar três dias dentro de um buraco daqueles.

-O que? Três dias?

-Sim, você deve ter desmaiado depois da luta e apareceu aqui desacordado, e assim ficou por três dias.

-Mono!-gritou desaforido.

Passou por Dornme e foi até o altar onde estava sua amada. Tocou sua pele, não estava mais fria como antes, nem tão rígida, era como se realmente ela estivesse voltando a vida.

-Eu cumpro com minha palavra herói. Você destrói aqueles que me prendem e eu dou a vida de volta a sua fêmea. Com isso ela voltará à vida em sete etapas, já passou da primeira, faltam seis.

Enquanto acariciava os cabelos de Mono reparou uma pequena mancha negra no dorso de sua mão, era como se suas veias naquele local carregassem um sangue negro. 

-Ah isso. –disse Dornme como se lêsse seus pensamentos. –Eu lhe avisei sobre a maldição que há nessa terra proibida. Sua alma será dividida, e quanto mais a fêmea se aproxima da vida você se aproxima da morte.

Vander puxou a manga de suas vestes e escondeu a marca.

-Continuarei nesse caminho mesmo que minha alma sofra as sequelas, mesmo que eu morra. Não me importo comigo. –disse olhando para o rosto pálido da jovem. –Só me importo com ela. 

-Sim herói, é por isso que estou apostando em você. Seu próximo inimigo é este. –disse apontando para uma das estátuas enormes que ficavam na parede, Vander percebeu que uma delas estava destruída, a da preguiça. –Ele é o ídolo da luxúria, tenha cuidado, talvez você não tenha a mesma sorte de novo. 

O rapaz pareceu ignorá-lo, despediu-se de Mono e chamou Agro. Montou sua amada montaria e saiu a trotes ágeis do templo. Ao sair e se deparar com aquele sol da manhã se deu conta de que não estava com nenhuma fome. A julgar pelo modo em que estava e o tempo que passou desacordado, provavelmente aquilo seria mais um dos mistérios que a terra proibida o apresentava, mas não queria pensar naquilo. Ergueu sua espada sobre o sol e o reflexo lhe apontou para direção do próprio sol, a Leste, num local não tão longe dali.

Uma pequena floresta preenchia os morros em forma de meio circulo a sua frente, as arvores não eram tão altas, porém volumosas e de um verde chamativo. Diferentemente do outro lugar a luz agora apontava para um pequeno bosque cercado por natureza de clima tropical. Cavalgava sobre um terreno plano cercado por pequenos morros, uma verdadeira clareira cujo solo era coberto de grama macia e intocável. Não havia marcas de destruição ou pegadas, estava tudo calmo demais.

Um pouco mais a frente encontrou um monte de terra arredondado em meia esfera, como se uma grande laranja fosse cortada ao meio e posta ali. Naquele monte em sua base havia entradas, como em um porão. Uma entrada dava a outra fazendo com que ao entra de um lado do monte, se atravesse para o outro lado. Vander se perguntou por que alguém construiria algo assim, mas contornou e seguiu em frente.

Poucos metros depois Agro parou sem o consentimento de seu dono, o que fez com que o rapaz quase fosse arremessado para frente.

-O que foi querida? Por que parou? –disse se recuperando do susto.

A égua relingou assustada e andou para trás encarando o horizonte com medo.

-Está com medo de que? Nós temos que seguir pra lá, é ali que a luz ...

Antes que pudesse terminar um som estremeceu o local fazendo todas as arvores balançarem, o barulho era um som de um animal, um cavalo, porém muito mais alto e poderoso que qualquer um do estábulo de seu pai.

Vander olhou para o horizonte de onde vinha o ruído, os morros cobertos de árvores cobriam parte do sol, mas a luz ainda iluminava a clareira. Baixou os olhos e observou o campo em que estava; estudando as possíveis rotas de fuga. A clareira era plana demais e não havia lugar pra se esconder, tinha certeza que o monstro estava vindo e dessa vez teria de enfrenta-lo de frente, diferente do último que derrotara. Mas onde ele estava? Talvez ele esteja entre as arvores e poderia sair de lá a qualquer momento. 

Foi quando uma visão o aterrorizou, uma sombra foi tomando a parte iluminada do campo rapidamente ate que Vander perdesse a luz sobre ele. Algo bloqueava o sol. Temeu, mas tinha que fazer, levantou o olhar e lá estava.

Uma enorme cabeça de cavalo negra surgiu, a face era esquelética e a pele seca e morta em contraste com os olhos vermelhos acessos. A criatura foi se erguendo demonstrando ser muito maior que aqueles morros, levantou as duas patas dianteiras e as aterrissou na clareira, uma em cada extremidade, causando um terremoto. 

A criatura encarava exatamente o ponto em que estava e ele sabia que se ela desse mais um passo poderia esmaga-lo facilmente. Apertou as rédeas e fez Agro correr a toda velocidade recuando. O colosso ás suas costas percebeu rapidamente e foi atrás; um pensamento aterrorizou Vander, aquele colosso não era lento como o da preguiça, seus passos eram ágeis e seus reflexos apurados, qual seria seu ponto fraco?

O colosso afundou um das patas dianteiras no meio da floresta, um som ensurdecedor invadiu o local, arvores sendo derrubadas e rochas sendo desintegradas; Quando a criatura arrastou pelo chão um emaranhado de troncos, galhos e terra de um lado para o outro como um gato que brinca com um novelo de lã. Ele queria atingir Vander, e o fez.

Sobre Agro, o garoto suspirou quando uma avalanche de terra e dejetos veio em sua direção. Não podia parar, correr não adiantaria e não havia tempo para recuar, tudo que fez foi fechar os olhos e rezar para que aquilo não fosse verdade.

Um grande baque tomou conta de seu corpo que foi arremessado para longe, caiu sobre o solo fofo e rolou até uma pedra onde se chocou com a cabeça. Estava tonto e a dor tomava seu corpo, tentou se levantar e quase desmaiou duas vezes. Até que se lembrou: Agro.

Levantou a cabeça com dificuldade e a buscou com os olhos, o colosso em forma de cavalo estava de costas pra ele ignorando-o, seu corpo em muito se assemelhava ao de um cavalo exceto por algo, aquela criatura parecia estar em estado de decomposição. Seus ossos estavam todos a mostras sob a pele podre e negra, havia partes em que não se via pele somente os ossos e o seu interior que impressionantemente não tinha órgãos, só o que Vander pode perceber era um coração tão grande como um elefante que batia freneticamente. A criatura farejava o ar como se procurasse algo, quando um som chamou a atenção do garoto, baixou o olhar e lá estava ela, Agro, de frente com o monstro.

A égua disparava em fuga desorientada e soltando grunhidos altos enquanto virava o pescoço para os lados, estava claro que estava tentando encontrar seu dono. Porém todo aquele barulhou chamou atenção do colosso que a viu imediatamente e pôs-se a correr atrás dela.

Agro sempre foi uma montaria veloz, durante a infância, Vander sempre ganhava as corridas que apostava com os amigos, mas aquela seria uma perseguição desigual já que a pata de seu perseguidor era cem vezes maior que a sua.

Sem hesitar, mesmo ferido, Vander disparou para frente do colosso com o arco em mãos, precisava chamar atenção da criatura, tinha que salvar Agro. Disparou várias flechas certeiras no ídolo que nem o notou, as flecha prendiam-se em sua carne podre sem causar qualquer dor. Ele não queria Vander, estava mais interessado em sua égua... O colosso que representava o pecado da luxuria... Quer dizer que...




Só pode ser isso, pensou. Vander percebeu, aquele colosso é um cavalo, que representa a luxúria e Agro é uma égua que esta no cio, é por isso que ele não para de persegui-la. Olhou para frente e viu algo.

-Agro! Se esconda lá dentro! –Berrou apontando para o monte com entradas para o subsolo.

O animal seguiu seu grito na hora e pareceu entender seu comando. No instante em que desapareceu dentro do buraco o colosso golpeou o chão, fazendo com que o coração de Vander saltasse ao peito.

O equino gigante tentou de qualquer forma tirar a égua daquele porão, mas era tão grande que nem mesmo suas patas entravam, depois de um tempo tudo que fez foi acomodar-se ao chão e farejar freneticamente aquela entrada por onde Agro sumiu.

-Era disso que eu precisava, obrigado Agro! –disse para si mesmo.

Vander esgueirou-se a passos leves por trás do colosso deitado passando debaixo dele entre suas costelas e entranhas expostas. Era uma visão perturbadora e um odor insuportável, mas ele queria ter certeza de algo. 

Estava debaixo do tórax do animal quanto chegou até um único feixe de luz que vinha do sol, a luz passava por um dos buracos da carcaça e atingia o solo. Vander ergueu a espada e toda a luz foi refletida para o coração gigante que batia intensamente, nele surgiu vários símbolos, Vander confirmou, aquele era o ponto fraco.

O órgão não estava tão longe, ele só precisava de mais alguns metros e o alcançaria, tudo estava indo bem. Foi aproximando-se em silencio e o ídolo manteve-se parado. Vander já estava dentro do animal de forma que pisava no pouco de carne fétida que ainda lhe restava, seus pés afundavam como se pisoteasse lama e olhar para aquilo lhe causava ânsia, mas tudo que pôde fazer era continuar.

O coração batia tão forte e próximo que podia senti-lo, apertou a espada em punho quando o colosso enfim começou a se mover.

-Não! Agora não!

Ele balançava o pescoço freneticamente, mas mantinha o corpo no chão, pareceu ter tido uma ideia para tirar aquela égua de lá, abriu a sua grande boca sobre a entrada e introduziu a língua na entrada daquele esconderijo. Provavelmente era a única parte de seu corpo que caberia ali; Negra e gosmenta, segurada por finos fiapos de nervos ela se apertava entre as paredes de pedra do local e deslizava até o fundo. Vander sabia que atingiria Agro e isso seria mal.

Estava a dois passos do órgão quando escutou o guincho de sua égua, ela foi expulsa do esconderijo e disparou em uma corrida cega. O ídolo da luxúria levantou-se imediatamente para persegui-la. 

Tudo balançava rápido demais e Vander quase foi arremessado para fora, agarrou-se no osso esterno da criatura. O osso estava coberto de um material escorregadio e a cada passo que o colosso dava ele sentia seu corpo escorregar e se afastar do coração; precisava agir, tinha que agir. Sem pensar, se pôs de pé aos trancos e se jogou sobre o órgão, era como se abraçasse um elefante raivoso, a cada batimento cardíaco suas mãos quase escapavam. Segurou com uma das mãos a primeira veia que encontrou e empunhou a espada com a outra, como alguém que doma um touro. Suspirou até que seus pulmões se expandissem e golpeou cravando-a inteira no musculo rígido cardíaco, sem dar tempo para reação retirou a lamina e golpeou cortando e retalhando tudo que podia, uma fonte de sangue negro surgiu e o lavou, a pressão era tanta que o arremessou dali. Seu corpo se debateu para todos os lados, tentava se segurar em algo, mas era em vão. Enquanto caía ouviu os ruídos de agonia e de morte. Tinha completado essa missão.

As pedras machucaram suas costas de tão forma que não conseguia se por de pé depois da queda, nem mesmo sentia seus membros inferiores. Seu braço esquerdo estava torcido de uma forma estranha, não havia dúvidas de estava quebrado pelo menos em três partes. Mas também pode ver o monstro gigante morto metros dele e estava feliz por Agro estar em pé perto dele acariciando seu peito com o focinho.

Queria dizer um obrigado, mas as palavras não saiam de sua boca, estava na beira da morte, mas não pensava nela. Seus olhos iam se fechando quando várias sombras saíram do cadáver da criatura, eram do formato de serpentes e produziam um som igual ao de chocalhos, seus olhos se arregalaram quando percebeu que vinham em sua direção, não conseguiria desviar, somente recebeu. Sentiu como se as sombras adentrassem seu corpo e o queimasse por dentro. Ouviu Agro relinchar em tom de pavor. Não sentiu mais nada.       


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FUI!






3 comentários:

  1. Agro tá viva!! (っ◕ヮ◕)っ *:・゚✧

    Achei engraçado o Dornme chamar a Mono de fêmea! HUAHAUHAUHAUAH :v

    Sangue negro '-' oooh!
    Vander a Mono vai ficar triste se você morrer e ela viver! :o Você tem que viver ;-; É amor d+ esses dois... ❥ U-Û

    NAU! NAU NAUUUU!!!!! Vander não morraaa! )o)
    (Ah eu sei que ele não morre, ele é fortão! e-ê)

    Agro é fofinha! :3 Ela é minha personagem preferida da fic! <3

    Ótimo capitulo Ouma! :3

    Kissus♥

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    Respostas
    1. Legal eu tbm adoro a Agro, e gostei mais ainda da sua nova foto da Sarada kkk

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  2. Ai tah bom d++.. desculpa a demora pra ler.. >///<
    Também ri na parte em que o Dornme chama a Mono de fêmea...
    Mas ta Top.. e o Vander não pode morrer >.<
    Continue assim... o/

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