Hallo kinder! Chegay~ Como vão vocês? Eu vou bem e morrendo de calor (nobody yesdoor,Nyu). Primeiramente eu quero falar, feliz aniversário atrasado (fuso horário japa ¬¬) para o Aoi japonego. Segunda coisa, há a probabilidade de que eu comece a escrever mais uma fic, o nome dela vai ser Andere Welt, talvez.
Terceiro, esse capítulo de Scarlet Project está gigante, foram oito páginas no word e 3.602 palavras! Eu me empolguei e escrevi um capítulo desse tamanho, eu até pensei em cortar em duas partes, mas eu desisti, porque capítulos grandes são melhores do que capítulos pequenos.
Uma dica: Leiam esse capítulo ouvindo algum mix aleatório de dubstep para entrar no clima. (eu gosto de escrever cenas de ação ouvindo dubstep, me ajuda a entrar no ambiente das cenas)
Então, sem mais delongas, boa leitura!
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Isso era para ser uma máscara de gás... |
Scarlet
Ouvimos a “porta” do avião abrindo-se
lentamente. Aquele era o sinal de que havíamos chegado ao laboratório onde
Akira estava e onde eu já passei anos que pareciam ser uma eternidade. De todas
as partes da missão, essa seria a mais arriscada de todas. Arriscaríamos nossos
pescoços para resgatar uma pessoa, ou na pior das hipóteses, apenas o seu
cadáver ou sequer acharíamos um cadáver, pensando em uma possibilidade pior do
que qualquer outra.
Aquele armário estava o maior aperto e eu mal esperava para
sair de lá, nem respirar direito eu respirava por estar totalmente espremida
contra o forro de madeira e do outro lado, Natalya com aquele vestido
totalmente “armado” e redondinho, aposto que se ela girasse, ficaria parecendo
uma beyblade. Eu tinha certeza que eu teria que aguentar aquilo por um bom
tempo, pois era possível ouvir os sons de soldados pegando o que seriam armas e
conversando coisas sem sentido. Se saíssemos do armário naquele exato momento,
seríamos fuzilados sem dó nem piedade.
Após alguns longos minutos o silêncio fez-se presente
naquele avião e soubemos que aquela era a hora para sairmos daquele maldito
armário. Viktor empurrou a porta com cautela, abrindo um pouco o armário,
deixando uma fresta e observando pela mesma.
-E então, podemos?- Perguntei em um tom sussurrado, quase
inaudível.
-Sim, não há ninguém.- Logo em seguida, o ruivo abriu a
porta e todos nós saímos com cuidado, visualizando a porta aberta e uma enorme
pista no lado de fora. Teríamos que tomar um cuidado especial daqui em diante,
o laboratório sempre foi um local onde a segurança é bastante forte, coisa que
percebi nas minhas quatro tentativas falhas de fugir daquela desgraça toda.
- Ivanovich, como é a segurança daqui?- Perguntou Marshall.
- A segurança daqui é quase surreal de tão forte e
infalível. Não teremos como desativá-la, apenas poderemos ser ágeis o
suficiente para escapar. Há guardas perambulando em todos os setores e com
armas com um poder de fogo monstruoso, temos também em alguns corredores
sensores que liberam gás letal, mas isso não será problema pois temos máscaras
contra isso que além de nos proteger irão esconder nossas identidades, que se
fossem identificadas seriam marcadas no banco de dados e nos perseguiriam até
os portões do inferno para nos capturarem. Também temos o “corredor explosivo”,
o nome já descreve muito bem, então não
pensem em passar por um corredor todo preto iluminado com luzes laranjas.-
Todos assentiram e colocamos nossas máscaras, saindo do avião com cuidado,
seguindo pela pista extensa, com nossas armas em mãos, caso precisássemos
entrar em conflito.
Eu podia sentir toda a preocupação e ansiedade que pairava
sobre nós. O clima era de tensão extrema, eu estava até meio tonta e se fosse
possível, acho que eu já estaria cuspindo o meu coração garganta afora. Eu
sentia algo desconfortável em saber que eu estava à caminho de pisar novamente
no local onde quase perdi a minha vida inúmeras vezes.
- Ei, Capitã, como você sabe de todas essas coisas sobre a
segurança do local? – Perguntou Jun que estava ao meu lado, quebrando todo o
clima aterrador que coloria aquela noite. A pergunta dele me fez lembrar de
algo horrível que havia acontecido há algum tempo atrás. Aquilo me deu um nó na
garganta.
- Havia um cientista que se chamava Ryo, ele não era mau,
apenas estava aqui para ajudar as experiências. Durante um exame ele me passou
informações sobre o sistema de segurança para que eu pudesse fugir, descobriram
isso e eu recebi uma “medida corretiva” e eu não sei o que fizeram dele, com
toda certeza o mataram. – Terminei, sentindo o ar faltar naquele momento, pois
aquela memória deixava-me perturbada, eu me sentia culpada pelo sumiço dele.
Jun colocou uma de suas mãos em meu ombro em sinal de consolo.
-Sinto muito...- Falou e o silêncio voltou a se fazer
presente e continuamos a caminhar pela pista de pouso que parecia quilométrica,
até que paramos de caminhar quando estávamos em frente a uma parede enorme, a
parte exterior do laboratório e colada a ela havia um alçapão enorme.
-Essa é a entrada.- Falei em tom sério, fitando fixamente
aquele alçapão, que era bastante reforçado.
-Como abrimos isso?- Perguntou Viktor, provavelmente
analisando aquela passagem. Eu também não tinha a mínima ideia, até que Natalya
nos chamou.
-Tem uma senha específica para abrir essa porta, temos que
digitar nesse painel aqui.- Falou indicando um pequeno painel que estava fixado
ao chão. – Deixem isso comigo, por favor.- Falou e logo em seguida se abaixou,
começando a digitar a senha rapidamente, eram tantos números que parecia ser
infinita. Logo após que Natalya havia terminado de digitá-la, a porta se abriu
e um cheiro forte e desagradável subiu por nossas narinas.
-Ivanovich, que lugar é esse?!- Perguntou Marshall,
apontando para o local escuro.
-É o “cemitério” de experiências. – Respondi. Eu já estive
lá uma vez, quando me deram como morta e acabei acordando ali, no meio dos
cadáveres com aparências tão mutiladas que nem pareciam ser pessoas. -Vamos
descer por aquela escada ali.- Indiquei apontando a escada vertical um pouco
gasta pelo tempo.
Todos nós descemos com cuidado pelas escadas, até pisarmos
no solo firme de concreto daquele local mal iluminado. O cheiro era horrendo e
era possível ver desde cadáveres alinhados um ao lado do outro até pilhas de
corpos, uma cena macabra.
Aquele local era enorme, um verdadeiro depósito e os corpos
em todas as partes criavam a sensação de que estávamos caminhando por um
labirinto.
Chegamos a uma esteira enorme, era por ali que os corpos
chegavam quando havia algum morto.
- É por aqui que vamos subir. – Falei subindo na esteira que
encontrava-se suja de sangue e continha até alguns fios de cabelo, realmente
nojento. Marshall, Viktor, Natalya e Jun foram em seguida e logo fomos
surpreendidos. Nossa sorte estava começando a mudar quando ouvimos um alarme
alto soar e vimos homens indo em direção a esteira e alguns outros posicionados
com seus rifles de precisão em cima das pilhas de corpos.
-VAMOS!- Gritei em alto e bom som e eles foram subindo a
esteira, eu fui logo após eles e ouvi o barulho de um disparo.
Senti o choque contra o meu ombro esquerdo.
Senti minhas pernas perdendo a força e eu me agarrei nas
costas de Viktor para não cair naquela esteira e fosse liquidada de uma vez por
todas.
Tudo pareceu passar em câmera lenta quando a dor extrema
começou a me afetar enquanto eu era carregada.
Eu olhava para trás e via os guardas vindo e Natalya
trocando tiros com eles naquela esteira absurdamente íngreme.
Eu comecei a ouvir o som dos corpos caindo, já haviam sido
quatro mortos pela precisão de Natalya para atirar.
-Thomsen, corra!- Gritei, largando um dos meus braços dos
ombros de Viktor, sacando uma granada de mão. A morena correu rapidamente e eu
bati com meu pé em Viktor, fazendo com que ele entendesse para que corresse.
Joguei a granada na direção dos guardas e Viktor saiu correndo o mais rápido
que podia, quando a mesma explodiu. O impacto foi incrível, rompendo parte da
esteira e nos dando mais tempo para correr.
Me larguei de Viktor, vendo o mesmo exibir um pouco de
preocupação. Ficaria mais fácil para nos locomovermos assim e eu já não me
sentia tão mal por causa do impacto e do sangue que eu sentia escorrer.
-Ivanovich, você não...
- Cale a boca,
Tsvetkov! Corra e não se preocupe, foi só um tiro!- Gritei com Viktor,
que estava bastante preocupado comigo. Eu sentia uma dor horrenda no meu ombro,
mas mesmo assim isso não seria motivo para eu parar.
Chegamos arfantes até uma porta metálica com marcas de mãos
com sangue de pessoas que com toda certeza ainda agonizavam quando foram
descartadas.
Aquela porta não era tão reforçada, então sem problema algum
Marshall a arrombou com seu machado e do outro lado uma surpresa óbvia...
Estavam a nossa espera, com aquelas armas intimidadoras apontadas em nossa
direção.
-Saiam daí e larguem as armas, por respeito ao Governo!-
Falou um deles e todos nós saímos, mas não largamos nossas armas.
-Não desonrem seu Governo! Larguem as armas e sobreviverão!-
Bradou o mesmo soldado.
-Não, obrigada!- Falou Natalya retirando duas armas de seu
cinto cheio de outras armas e projéteis que contrastavam com o vestido branco e
roxo delicado e apontou para eles, logo ouvi o soar do destravar das armas dos
inimigos e no mesmo segundo eu movimentei meu braço com brusquidão, vendo
aquela matéria azul fluir de mim, seguindo a mesma trajetória de meu braço de
uma forma incrível. A cena era surreal: as paredes cortadas, com o vermelho do
sangue contrastando com o branco do ambiente, no chão, no teto e uma verdadeira
poça no chão que se juntava com os corpos decepados e desfigurados daqueles
soldados.
-Para a direita!- Ditei, indicando e fomos correndo e eu
senti meu corpo fraquejar novamente, caindo de joelhos, minha visão estava
turva e algo estranho passava pela minha mente, flashes não muito bem definidos
de uma cena de destruição, aquilo me fez sentir uma dor de cabeça horrível e
aquela energia azul estava a minha volta, como uma camada por cima da minha
pele. Todos estavam correndo em minha direção para me ajudar.
-NÃO SEJAM IDIOTAS!- Gritei enquanto me levantava com
dificuldade.- Corram!- Falei o mais alto que pude e eles assentiram e logo eu
fui atrás, com certa dificuldade, conseguindo recuperar minhas forças e logo os
alcançando.
Saímos correndo em meio ao caos que estava formado naquele
laboratório, sirenes soando e a voz feminina robótica soando por cada canto
daquele local: “Emergência no setor C”.
Viramos mais dois corredores e uma verdadeira névoa começou
a se formar e era impossível ver alguma coisa, apenas ouvíamos o som de guardas
correndo e nos cercando de ambos os lados.
-Entrem em posição!- Avisou Jun e nós entramos no
posicionamento que utilizávamos em caso de estarmos cercados. Nos posicionamos
com Marshall e Viktor do lado direito do corredor e eu, Natalya e Jun para o
lado oposto, todos nós com as armas apontadas em direção as silhuetas que já
podiam ser vistas.
-Capitã, permissão para o código B20!- Marshall pediu
permissão para utilizar a bomba de fumaça para refazer a “névoa”, que dessa vez
atrapalharia os guardas.
-Permissão concedida!- Respondi e assim ele o fez: jogou a
bomba de fumaça, fazendo a visibilidade ficar quase impossível e nesse momento
começamos a atirar nos guardas que encontravam-se com certa distância de nós
que atiravam de volta, nós desviávamos dos disparos da forma que conseguíamos.
-Ah!- Ouvi o grito de Natalya ecoar, olhei para o lado e lá
estava ela, caída no chão, com um disparo abaixo das costelas e outro
provavelmente em sua coxa. Duas manchas vermelhas se formavam, colorindo o
branco do vestido delicado com o vermelho de seu sangue. Estava desacordada.
- Marshall! Thomsen está ferida! – Gritei para Marshall que
entendeu a mensagem, indo em direção a Natalya e apoiando-a em suas costas,
prendendo-a contra a mesma com uma espécie de cinto especial, uma das
bugigangas interessantes inventadas por Nastya.
Aproveitei a pouca visibilidade e corri com dificuldade em
direção aos soldados e no caminho senti um disparo atingir a minha barriga. Caí
de joelhos, colocando uma das mãos no ferimento, vendo o sangue azul colorir a
mesma.
Tentei utilizar aquela energia novamente, mas apenas uma
fina camada se formou sobre a minha pele. Talvez aquilo me deixasse imune aos
disparos, então decidi arriscar, me levantando e pegando Kaya, a katana. Saí
correndo em direção a eles, vendo os disparos se desfazendo naquela camada azul
e então comecei a aplicar golpes precisos com a katana, matando eles um por um,
mas a cada momento eu me sentia cada vez mais fraca, aquela energia consumia
muito de mim e as coisas já ficavam turvas novamente.
O lado esquerdo do corredor já estava todo cheio de corpos
que eu e Natalya havíamos tirado a vida e do outro lado haviam três rapazes
feridos por disparos que haviam acabado com outros vários homens. Jun estava
com um ferimento de facada em seu braço.
-Ivanovich, pare de usar essa coisa! Seus olhos estão azul
fluorescente!- Alertou Viktor preocupado novamente.
-Eu não me importo!- Respondi. –Agora, vamos pela esquerda
novamente e já teremos chegado nas salas!- Gritei e fomos correndo na direção
em que ficavam as salas com os experimentos. Eu conhecia aquele local como a
palma de minhas mãos, de tantas vezes que tentei fugir de modos diferentes,
utilizando todos os métodos que Ryo havia me indicado.
Fomos correndo, todos com a velocidade e agilidade
reduzidas, principalmente Marshall, que carregava uma pessoa ferida. Todos nós
estávamos feridos, sangrando e enfraquecendo cada vez mais.
Chegamos a outro corredor e para minha surpresa, lá estava
alguém que eu odiava com todas as minhas forças: Doutora Demônio. Era assim que
eu a chamava. A mulher que fazia os experimentos rindo do que via e fazia
coisas piores do que qualquer outro cientista de lá, até pior que aqueles
outros cinco que eu matei. Ela substituiu Ryo logo após o seu sumiço.
Lá estava ela, sozinha. Mas não se engane quando eu digo
“sozinha”. Ela poderia chamar todos os guardas presentes com um simples apertar
de uma espécie de “controle”.
-Olá!-Falou ela, olhando para mim e dando um riso irritante.
- O que procuram?- Perguntou ela. Parti em direção da
Doutora, pegando-a pela gola da blusa.
-Qual foi a última cobaia que vocês adquiriram?- Perguntei,
olhando-a nos olhos.
-Informação confidencial.- Respondeu, retirando do bolso
aquela espécie de controle para chamar os guardas, já que no setor D eles
precisavam de permissões especiais para entrar e roupas especiais até em casos
de emergências como essas.
-Nem pense nisso. Jun!- Chamei a atenção do rapaz que
retirou o controle das mãos imundas dela rapidamente.
-Agora, responda e eu poupo a sua vida!- Falei, pegando uma
faca e passei-a pelo rosto daquela mulher, fazendo um corte em sua bochecha.
Ela deu um grunhido de dor e negou com a cabeça, ainda sorrindo. Ela era
completamente doida.
-Diga!- Falei, virando a ponta da faca por dentro do corte e
o sorriso desapareceu de sua face, que foi tomada por lágrimas.
-E-eu não sei...- Falou.
-Você sabe sim!- Gritei, agora aumentando o corte.
-VINTE!- Gritou em resposta e logo foi ouvido o soar de mais
um alarme: a desgraçada tinha um controle reserva. Ela havia chamado os guardas
e logo eles chegariam, era por isso que ela falou o número do experimento.
-E...A senha é 15051, só para você saber antes de morrer,
treze. – Continuou dando um sorrisinho. Ela sabia que era eu, obviamente por
causa do meu cabelo branco. Num golpe rápido enfiei a faca em sua garganta,
soltando-a e deixando agonizar no chão. Há quanto tempo eu queria vê-la desse
jeito, pagando por tudo o que fez comigo.
-Vamos- Ordenei e saímos em mais uma corrida, olhando todas
as portas de pessoas que infelizmente não conseguiríamos resgatar agora,
procurando pelo número vinte que estaria estampado na porta metálica, até que o
achamos.
-É esse!- Falou Viktor e eu digitei a senha, vendo que ela
estava correta quando a porta se abriu, exibindo uma sala com o piso iluminado
na cor verde e as paredes metálicas na cor preta. Lá estava um garoto de
cabelos negros e desajeitados, nu e com vários ferimentos em seu corpo. Aquele
era Akira, estava desacordado.
-A-Aki! Gritou Jun, correndo em direção ao menor e ele
chorava ao vê-lo, pegando-o nos braços e abraçando-o. –Está tudo bem, tudo bem
mesmo...Estamos aqui, querido.- Falava em meio a soluços.
-Jun, não temos tempo para isso! Vamos!- Era duro falar
aquilo para o rapaz, mas os guardas logo estariam chegando, então ele colocou o
pequeno em suas costas e saímos apressadamente daquela sala.
Corremos alguns metros e eu vi uma porta de vidro
ensaguentada, onde do outro lado era possível ver um rapaz de cabelos longos e
brancos jogado no chão perto da mesma. Por algum motivo ele me chamou a
atenção, então digitei a senha e a porta se abriu.
O rapaz que eu parecia conhecer de algum lugar me fitava com
um olhar assustado.
-U?- Falou em tom baixo e eu apenas apressei-me em apoiá-lo
em minhas costas.
-Segure-se em mim!- Falei e ele entendeu, se prendendo a
mim, enquanto eu corria em direção aos outros, que estavam no meio do corredor
com as armas apontadas para quando os guardas chegassem. O som da aproximação
deles ficava cada vez mais audível e próximo.
-Para a direita!- Gritei, apontando para o final do
corredor, onde havia um elevador. Jun pressionou o botão para chamá-lo. Estava
no setor F, ia demorar para chegar. Vimos os guardas chegando e entrando em
formação. Soltei o rapazinho, Viktor o segurou no mesmo instante para que não
caísse.
Andei alguns passos a frente, largando todas as armas,
exceto a katana. Coloquei minhas mãos visivelmente ao lado de minha cabeça. Eu
estava salvando a vida daquelas seis pessoas. Seria impossível vencermos eles
em questão de armamento e em número de pessoas, sem dizer que estávamos
feridos, quase em estilhaços. Eu sabia que só uma coisa poderia salvar eles
daquela situação: aquela energia azul, da qual eu não tinha certeza se funcionaria.
Lá estava eu, parada entre os amigos e os inimigos,
totalmente vulnerável. Nenhum disparo havia sido dado, pareciam aguardar algo
em meio ao caos que estava completamente instalado naquele laboratório.
Vi todos os homens de branco abrindo espaço no corredor e
nesse mesmo espaço apareceu uma garota de uns quinze anos, cabelos laranjas,
usava roupas completamente delicadas e levava um sorriso no rosto com uma
cicatriz saltada no pescoço e outra no canto da boca. Suas pernas eram próteses
bastante parecidas com pernas naturais, tirando o fato de que era possível ver
partes metálicas dos joelhos.
Sem dizer qualquer coisa, ela apenas riu e eu pude ver os
olhos dela tomando um tom laranja vivo e uma camada laranja se formando acima
da pele dela, era como a minha energia, só que com outra coloração.
Olhei para trás, vendo que o elevador ainda não havia chego
e percebendo que eu deveria me esforçar para salvar a vida de meus
companheiros. Fiz com que a tal energia azul começasse a fluir e no mesmo
segundo uma mão na cor laranja passou pelo meu lado, então fiz questão de me
defender, movimentando o meu braço, fazendo com que a energia azul se movesse
como uma lâmina e aquela garota desviou, dando um salto surreal e logo
correntes me cercaram, sendo quebradas no mesmo momento em que minha energia
havia tomado a forma de vários braços e eu a ataquei, dirigindo toda a minha
força possível para frente, formando uma espécie de bomba, que chocou-se contra
as inúmeras mãos e correntes que tentavam me pegar, fazendo uma reação
luminosa, onde as duas cores se misturaram, criando uma explosão. Eu caí no
chão, tudo estava ficando turvo novamente e Viktor correu até mim, me
levantando. Vi que o garoto havia andado alguns passos a frente, confuso e
movimentou seus braços, um para cada lado, fazendo uma enorme onda de uma
energia cor-de-rosa. Segui com dificuldade até ele e num movimento que foi árduo
para mim, fiz com que a minha energia azul decepasse todos os guardas que já
encontravam-se fracos pela queda brusca causada por aquela onda cor-de-rosa e toda
as explosões que aconteciam quando as energias se chocavam, criando um cenário
totalmente colorido em meio a destruição.
A minha energia não foi o suficiente para matar aquela
garota, apenas cortou as próteses da mesma. Viktor correu até mim para me
carregar, mas recusei, mesmo que estivesse quase morrendo de dor e fraqueza,
pedi para ele que carregasse aquele rapaz de olhar inocente, que estava muito
pior que eu. Fomos com dificuldade até o elevador que havia acabado de chegar.
-Como você...?- Perguntou Marshall com dificuldade, eu havia
ferido os meus companheiros da Obshchestvo naquela luta.
-Eu não sei...- Respondi. Aquela era com certeza a maior
dúvida que eu tinha: O que era aquela energia absurdamente forte e como eu
tinha aquilo? Eu provavelmente não iria conseguir saber disso agora, parecia
ser algo muito complicado, principalmente agora.
O elevador parou numa área aberta, onde haviam helicópteros
e mais alguns cinco soldados. Provavelmente deixaram aqueles ali só por precaução,
pois eu tinha certeza que pensariam que nem passaríamos do começo do
laboratório.
Para minha surpresa, eles largaram as armas e jogaram-se do
alto do heliporto. Era uma desonra para eles perder para o inimigo.
Sem qualquer outros problemas nos dirigimos com dificuldade
até o helicóptero, onde ajeitamos os feridos mais graves, Natalya, Akira e
aquele garoto que agora encontrava-se desacordado. Fechei a porta e Marshall
ligou o helicóptero. Logo já havíamos deixado o solo.
Finalmente havíamos conseguido resgatar Akira. Apesar de
todos os problemas que tivemos e todos os riscos corridos ali dentro, estávamos
bem apesar dos ferimentos. Antes os ferimentos do que a morte.
Jun sorria em meio a lágrimas de felicidade, abraçando o
pequeno.
-Obrigado, Scarlet!- Agradeceu, olhando para mim. Eu
retribui o agradecimento com um sorriso.
-Na verdade eu tenho que agradecer a todos vocês, pois se
não tivéssemos essa cooperação entre nós mesmos e agilidade, estaríamos todos
mortos. Obrigada.- Falei e todos retribuíram.
Agora seguiríamos mais tranquilos para o que havia restado
de São Petersburgo, a cidade que eu mais amava nesse mundo inteiro, apesar de
agora serem ruínas. Ruínas que nunca perderam o charme de como eram há vinte
anos atrás, quando eu tinha apenas meus vinte anos.
-Scarlet Project-
Se você leu até aqui, você é humano? Criatura, você merece um manual de "como invocar a Tia Nyu das profundezas do submundo"! Preferem capítulos curtos ou compridos assim para ler? (apenas perguntando, se preferirem grandes eu posso fazer maior do que esse -3.000 e poucas palavras- ou mais curtos -de 1000 palavras ou até menos).
*O cor-de-rosa que eu mencionei no capítulo não é aquele rosa bichinha, ok? É mais ou menos assim: (link). Isso é deep pink 3, não rosa, é um rosa profundo (what?). É um tom que eu gosto de colocar nos meus layouts, mas bem pouquinho.
Eu queria ter torturado mais a Doutora Demônio, mas era muito pouco tempo disponível num momento daqueles para torturar uma pessoa, então por isso eu escolhi uma facada da garganta, acho que precisamente na aorta, sangramento (ou melhor espirramento de sangue) infinito!
E uma coisa, daqui uns capítulos para frente vocês vão querer me matar, eu gosto de fazer malvadezas nas minhas fanfics.
Agora, fim de notas finais. O que acharam desse capítulo?
Eu sou Humana!! uhhuu o/o/ eu mereço o manual "como invocar a Tia Nyu das profundezas do submundo" kkkkkkkk Nyu pode me mandar esse manual pelo sedex u.u kkkkkkkk!! Gostei desse capitulo :3 (Teve muita ação *ooo*) Finalmente encontraram meu Akira Uhhhuuu!! ^3^
ResponderExcluirAdorei,esperando o próximo *OOO*
Vou aparecer aí na sua casa às 03:00 da manhã e vou entregar pra você, nem precisa de sedex, criaturas do submundo têm teleporte kkkkkkk
ExcluirObrigada, Saky >w<