05/01/2014

Scarlet Project 6- A colorful lie



Hallo kinder! Como vão vocês? Chegay aqui trazendo mais um capítulo de Scarlet Project *joga confete* e esse tem uma coisinha diferente e que eu vou continuar pondo aqui na fanfic que é o Akira sendo a experiência da galerinha do mal do laboratório! Eu particularmente gostei muito desse capítulo, assim como todos os outros menos o cinco, porque o cinco era a obra feita quando eu estava morta de sono e não passava de uma introdução para esse capítulo que eu amei escrever!
Então, aproveitem e boa leitura!



Akira

Não fazia muito tempo que eu estava naquele local, mas a dor que eu sentia há algumas horas fazia com que os momentos passassem como uma eternidade. Uma eternidade sofrida e dolorosa.
A dor da tortura. A dor que eu, agora o experimento vinte, um simples corpo sem identidade passava. Sequer anestesia foi utilizada para seja lá o que for que fizeram comigo.
Sentia uma dor horrenda por todo meu corpo, meus batimentos acelerados, minha visão um pouco turva,tossia sangue, tudo girava, cada veia de meu corpo pulsava e eu me contorcia contra o chão iluminado na cor verde daquela sala de paredes metálicas negras, com um vidro negro também, de onde provavelmente me observavam.
Ouvi uma porta se abrindo e vi uma mulher de jaleco acompanhada por dois homens com roupas que só se usam em operações cirúrgicas que carregavam uma maca. Uma maca feita de metal. Eles se aproximaram de mim, me colocando na maca e agilmente prendendo meus braços e pernas, deixando apenas a minha cabeça livre.
-Seja bem-vindo a sessão de teste de resistência, vinte!- Ouvi a mulher que estava próxima falar, com um sorriso totalmente amigável. E entre gritos de dor eu fui sendo levado por um corredor metálico branco, todo iluminado por luzes brancas.
Eu passava e via muitas portas metálicas, com números estampados em preto “19,18,16,15,14...” haviam mais pessoas nessas condições?
Passei em frente a diversas salas, e paramos em frente a uma que me chamou a atenção: Uma sala com uma porta de vidro, com o número cinco. Aquela porta tinha manchas de mãos, manchas de sangue e logo atrás dessa porta eu podia ver um garoto de cabelos brancos, branquelo e que me encarava através do vidro, com o corpo magro sujo de sangue, gazes sujas com o mesmo vermelho e cicatrizes. Aquela cena me causou um nó na garganta e eu tossi mais sangue.
-Está vendo, vinte? Ele é um garoto forte! Você deve ser como ele!- E deu um sorriso amigável e que me dava vontade de espancar ela até a morte. Ela falava aquelas coisas sem utilidade para mim e eu provavelmente sofreria muito nas mãos dela, eu sabia disso só pelo maldito sorrisinho e o jeito que ela falava.
Logo entramos em uma sala branca, com apenas uma espécie de “tubo” cheio de água e algumas pessoas com pranchetas e de máscara cirúrgica.
Me soltaram e eu tentei lutar contra as pessoas que colocavam uma máscara com canos em mim e com rapidez me jogavam naquele “tubo”, colocando fios em mim e conectando a máscara, para receber oxigênio.
E numa fração de segundo eu comecei a sentir uma seqüência de choques fortes percorrendo o meu corpo e a dor só aumentou. Eu estava desesperado e me debatia, eu ia morrer ali. Eu ia morrer de uma forma desnecessária. Eu sentia medo.

Medo de morrer de tal forma.

Medo de não poder conhecer as tantas coisas que eu ainda poderia ver mundo afora.

Medo de nunca mais poder ver o Jun. Aquele que era irritante, mas eu amava.

Medo de não poder realizar mais missões.
Senti mais alguns choques doloridos e meu corpo começava a amolecer, eu não tinha forças, eu agonizava, meu corpo estava começando a enfraquecer. A minha visão começava a ficar embaçada e mais turva do que já estava e minha cabeça começava a pesar. A inconsciência apoderava-se de mim.



Jun

Estávamos quase chegando a então entrada para a nova São Petersburgo. Ivanovich estacionou o jipe dentro de uma garagem cheia de escombros e até mesmo com alguns cadáveres.
-Por que parou aqui, Ivanovich?- Perguntei para a capitã e os rapazes fizeram a mesma pergunta que eu.
-Vocês não pensam, né? A próxima região é um campo aberto. Andar de jipe por ali chamaria muito a atenção. Se fosse para chamar a atenção, eu vestia vocês com um vestido verde-limão e mandaria vocês entregarem vodka para os guardas!- Senti um pouco de irritação na voz dela. Céus, como éramos lerdos.
-Disse a pessoa que tem o cabelo mais branco de toda a Rússia. - Ouvi Viktor provocando e lá estava eu e Marshall, apenas assistindo. Eu estava totalmente desesperado para salvar meu pequeno, mas se eu tentasse interromper, tenho certeza que eu perderia minha cabeça.
-E eu vou falar o que de você, que nunca apaga o fogo desse cabelo?
Vi Marshall se aproximar alguns passos para perto deles, interrompendo alguma coisa que Viktor ia responder para Ivanovich.
-Vocês sabem muito bem que podem se dar bem, sabe, os opostos se...-
-Marshall! Seu babaca de primeira categoria! Vai tomar o seu chá das seis com a rainha e...
-CALEM A BOCA! NÓS TEMOS ALGUÉM PARA SALVAR! NÃO É MOMENTO PARA FICAREM SE PROVOCANDO!- Gritei. Aquela discussão estava me irritando. Tínhamos alguém para salvar e mesmo assim eles conseguiam arrumar algum motivo para brigar entre eles. O silêncio reinou no local e eu vi Scarlet tirando um papel dobrado do bolso e uma canetinha vermelha com um pompom colorido e cheio de penugens.
-Muito bem, preciso de alguém que me fale como está a segurança do local, pois como estou desaparecida há três anos os padrões podem ter mudado. – A capitã começou e logo Viktor se aprontou em dizer.
-Continua o mesmo padrão de sempre, cinco em frente aos portões de entrada que só foram substituídos por novos no mesmo padrão dos antigos. Sem qualquer reforço ou coisa parecida.
-Ótimo, ótimo... E o posicionamento dos guardas?
-Continua o mesmo também, em frente ao portão.
-E as câmeras de segurança?
-Só aquelas três de sempre, com conexão aos alarmes e com resolução e zoom monstruosos.
-Ótimo!- E um desenho começou a ser feito na folha de papel rapidamente, mostrando o campo, os guardas, os portões, nós e os dutos de ventilação.
-Muito bem, prestem atenção. O nosso principal problema são as câmeras. Elas devem ser eliminadas primeiro, então iremos pelo caminho de escombros no lado esquerdo, indo até a parte superior dos portões e cortando todos os cabos com as facas, logo os sensores e as câmeras não serão mais problemas. O nosso segundo problema serão os cinco guardas, os quais devemos matar discretamente e puxar os corpos para a parte superior. Eu fico com os dois que estarão do lado direito, Jun fica com o do meio, Marshall fica com o que está do lado esquerdo do guarda do meio e Viktor fica com o último da fila, falando da direita para a esquerda. Entenderam?- Todos nós fizemos que sim.
-E como entraremos capitã?- Perguntou Marshall.
-Pela porta reserva que fica dentro da ventilação. Por isso teremos que reiniciar as hélices. Quando reiniciadas ficam por exatamente um minuto inativas, então precisaremos ser rápidos. Essa porta irá dar numa escadaria abandonada e nós teremos acesso total para a cidade. Entenderam?- Assentimos novamente e a capitã estendeu para nós algumas máscaras de gás, pedindo para que nós as colocássemos e vestíssemos os nossos capuzes, para que fosse uma forma de disfarce.

Scarlet

Estávamos todos abaixados no chão, sendo ocultados pela grama alta que crescia por toda a extensão daquele campo. Eu havia explicado a eles como se movimentar sem ativar os sensores e alarmes daquele local. Eu torcia para que eles não errassem um passo, pois qualquer deslize e passaríamos dessa para melhor.
Fomos nos rastejando até chegar a seqüência de escombros, nos levantando lentamente e sem qualquer ruído, passando por trás de inúmeros blocos empilhados, grades, pedras, placas metálicas, pedaços de asfalto... Sem nunca baixar a guarda e sem fazer qualquer ruído. O pessoal da guarda das cidades subterrâneas eram todos de elite, verdadeiros profissionais no quesito matar.
Chegamos rapidamente até o nosso destino: A parte superior dos portões de entrada.
-Que horas são agora, Marshall?- Perguntei para o rapaz e ele retirou de seu bolso um relógio que parecia ser um modelo muito antigo.
- Dezessete horas, Ivanovich.
-Então vamos logo, dezessete e quinze é a hora em que fazem a troca dos guardas.- Apressei-os para chegarmos mais perto do portão. Teríamos que ser rápidos, pois quando o pessoal substituto visse os outros guardas mortos, reforçariam a segurança de um jeito inacreditável, pois a cada cabeça cortada, nasciam mais três no lugar.
Escalei por primeiro a parte superior dos portões, sendo seguida pelos rapazes. Peguei Kaya, a minha tão querida katana que usei em inúmeras missões e cortei com precisão todos os fios de uma das câmeras e os rapazes com seus facões se encarregaram das demais.
Rapidamente dei o sinal para que matassem os guardas e assim foi feito, matamos com cortes precisos e puxamos eles para cima, quase nos contorcendo para não cairmos enquanto puxávamos os cadáveres. Deixei apenas um vivo para que pudéssemos conseguir informações.
-Ei...Capitã, porque você deixou ele vivo?- Perguntou Jun.
Imobilizei o homem que tentava fugir, segurando as mãos dele atrás de sua cabeça e com a outra mão eu segurava minha katana, rente ao pescoço do guarda.
-Me diga, cãozinho da Central de Segurança, qual é a senha para acessar os controles de ventilação? Poupo sua vida se for um bom garoto.- Falei sem qualquer emoção na voz. Aqueles caras da Central de Segurança eram uns verdadeiros desgraçados, mataram tantos da Obshchestvo e civis inocentes que eu não me importava de matar eles.
- Não perderei minha honra como soldado da Sagrada Cidade para contar algo assim à vocês, os pobres coitados do lado de fora, mulher.- Respondeu de forma ríspida e riu ao final, aquilo me irritava.
-Honra como soldado?! Por favor, não me fale algo como isso! Há muita honra por acaso em matar dos meus e civis inocentes por serem uma “inconveniência ao Governo”?!
- Estão sendo como nós então, se estão matando.
- Mas vocês são diferentes, não são dignos de pena alguma. Eu não perdôo nenhum de vocês pelo o que fazem. Agora pare de tentar enrolar e me diga a senha.
-Não!
- Me diga a senha e eu pouparei a sua vida. Veja que legal, se você for um bom garoto, eu deixo você livre para relatar que viemos fazer uma visitinha, esqueceu que os seus superiores vão adorar caçar mais algumas pessoas?- Dei uma risada ao final, falando tranquilamente, sem exibir qualquer sinal de raiva.
- NÃO ABRIREI MINHA BOCA PARA DIZER ISSO!-
-Tsvetkov, venha cá, segure ele para mim.- Pedi para Viktor, que veio rapidamente e segurou-o com força e eu fui para a frente do homem, apontando minha katana para ele.
-Então parece que eu vou ter que fazer as apresentações para te convencer...? Que chato...- Falei.
- Aquele garoto ali, é o Marshall. O nosso Inglês do Machado invadiu uma Cidade Subterrânea da França para salvar reféns e enfrentou homens armados só com seu machado. O outro, é Jun, um garoto que fez a desgraça da base cinqüenta e cinco acontecer num atentado para salvar sua mestra Nastya. - Fiz uma pausa, sentindo que certamente Jun me encarava surpreso de como eu tinha conhecimento daquilo. Nastya havia me contado. – E Jun estava sozinho. - Sobressaltei esse detalhe.
-Quem está te segurando é Tsvetkov, o responsável pelo planejamento contra o ataque do protocolo de extermínio, no inverno de quatro anos atrás, você deve conhecer. Ele fez a maior contagem de mortos naquele dia, matou quinze de cinqüenta. - A face do soldado já havia se tornado um meio espanto, pois eu tinha certeza de que esses acontecimentos deviam ser muito comentados entre eles.
-E você?- Perguntou com desprezo, dando um sorriso torto.
-Ivanovich. – Falei apenas o meu sobrenome, que era o meu pseudônimo. Nada mais era necessário, pois eu tinha um histórico gigante de ataques para resgates, invasões em diversas cidades além da presença na terceira guerra e um período de sobrevivência incrível, caminhando até São Petersburgo.
- A...A senha é 8537400, mulher. Mas não pensem que estou com medo de vocês, eu vou relatar a invasão para os meus superiores e...Vocês não sairão vivos daqui...- E deu uma risada insana. Ignoramos ele e fomos em direção a central de controle ao lado dos dutos de ventilação. Marshall fez questão de estourar a tampa com o machado.
-Não era melhor ter matado ele, Ivanovich?- Perguntaram Viktor e Jun.
- Ele já vai ser morto, por ter dado a senha para nós e não ter tentado nos matar. Ele será considerado uma inutilidade para o Governo, pois eles seguem o pensamento “de que adianta um soldado se ele não protege a cidade?” e vão reparar a nossa invasão uma hora ou outra, pode ter certeza.
- A tampa do controle de ventilação tá aberta.- Marshall avisou e Jun se aproximou do local, que tinha uma espécie de computador.
-Qual a senha, Capitã?
-8537400, Jun.- O rapaz digitou habilmente a senha e logo acessou toda a central, entrando em diversos menus diferentes, que indicavam diversas coisas, até que encontrou um que indicava o funcionamento geral. Ele colocou a mesma senha novamente e então, desligou e ligou rapidamente o sistema de ventilação. O monitor mostrava em vermelho os sessenta segundos que teríamos para passar pelas hélices da saída dos dutos.
-Vamos!-Alertei e fomos correndo, os rapazes entraram por primeiro e eu atravessei as hélices por último, porque caso houvesse mais algum guarda, eu me encarregaria dele.
Golpeamos a porta com força, até que ela cedeu. Estávamos agora na vista privilegiada daquela cidade, naquela escada. Havíamos entrado na enorme cidade que erguia-se por debaixo da terra.
O lugar onde as pessoas apenas conheciam o céu artificial, criado holograficamente. O lugar onde tudo era artificial. O lugar onde ninguém sabe o que é natureza. O lugar onde você vive submisso ao Governo mas não sabe. O lugar onde só há um criminoso: O Governo. O lugar onde há a mais falsa segurança do mundo. O lugar construído em cima de mentiras horrendas ocultas, assim como nas outras cidades.
Sejamos bem-vindos a Nova São Petersburgo, um lugar tentador, uma verdadeira casa de gengibre, um lugar com as fundações cravadas na mentira e na crueldade.

Cá estávamos nós, olhando para a cidade sendo colorida por painéis de LED coloridos, cheio de arranha-céus e algumas residências das pessoas mais simples. Cá estávamos nós, cada vez mais perto de salvar Akira.

-Scarlet Project-

Acreditem. Eu não queria matar os guardinhas. Mesmo sabendo o quão maus eles são. Isso tudo porque parece que o pessoal da organização é igual ou pior, matando, manjando dos paranauês dos homicídios e atentados O.o
Logo logo teremos mais um personagem e mais cenas Akira x Jun e possíveis flashbacks do Aki!
Eu não tenho muito o que dizer nessas notas finais, apenas que eu amei fazer a discussão entre Viktor e Scarlet e descrever a canetinha que ela usou para desenhar a estratégia!
Então, o que acharam?


4 comentários:

  1. Verde limão? Vodka? WTF? Imaginei a Nyu dizendo essa bagaça -qq
    Eu não senti pena dos guardinhas -nossa, eu sou tão má- não sei porque, mas não senti pena deles -problem?- Me pareceram maus, como a Scarlet falou u.ú
    Aki-chan bora te salvar o/

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  2. Eu também não senti pena dos guardinhas! O.O (Era pra senti??! o.O kkkkkkkk!) eles pareciam do mau mesmo! ^u^ kkkkkkkkkk! vai ter cenas Akira x Jun??! Nãoooooooooooooooooooooooooo!! (O Akira é MEU! Ò------Ó Nyu ele é MEUuuu!! :(( ) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!! Adorei o Capitulo! o/

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