Eu sei que demorei eras para atualizar Scarlet Project, mas tudo se juntou de uma vez: falta de tempo e meu computador estragando (eu perdi todos os capítulos e estou reescrevendo-os). Já era para eu atualizar ontem, mas eu acabei decidindo dar continuidade a uma parte da oneshot que estou escrevendo com uma moça desu aí -q
Sem mais delongas, boa leitura!
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What a desgraça de capa -q Essa seringa é a minha caneta -q |
Minha cabeça doía e tudo estava
escuro. Lentamente começava a recobrar a consciência, conseguia
ouvir as vozes distantes de Jun e Akira, que pareciam discutir sobre
alguma coisa séria. Abri meus olhos lentamente, sendo pega por uma
tontura incômoda. Percebi que eu estava no mesmo quarto em que
acordei quando fui achada.
Levantei-me lentamente e fui em
direção da porta, logo abrindo-a. Naquele momento o que eles
falavam se tornava mais claro, tinha a ver com a minha situação e a
nossa resistência, a Soprotivleniye Mertvykh, ou como eu costumava
chamar, a Obshchestvo.
-Deveremos mesmo acordá-la,
Christer?- Akira, ou Alexander, perguntava inseguro a seu
companheiro.
-Sim, Alexander. Está certo que
ela estava com uma parência doente, mas a Mertvykh precisa dela!-
Jun ergueu o tom de voz e era possível sentir certo desespero da
parte dele.
De uma vez por todas decidi
acabar com aquela discussão, que com certeza já se desenrolava há
um bom tempo. Saí calmamente da lateral da estante onde eu me
escondi, vendo os dois me olharem com rostos espantados.
-Capitã!- Akira levantou-se da
mesa onde estava sentado. Seus olhos tinham um brilho estranho,
continham um medo evidente.
-O que houve, rapazes?- Perguntei
aos dois, olhando especialmente para Jun que mantinha um olhar sério
e apoiava as mãos na mesa de madeira.
-Assassinaram os líderes,
Scarlet. A central está um caos. Hoje pela manhã tivemos a notícia
que eles foram brutalmente assassinados. Os corpos foram encontrados
por companheiros em uma rua do centro.- Respondeu Jun.
-E há quatro dias uma parte de
nossos sistemas foi danificado. Parece que estamos começando a
sofrer ataques exteriores, Capitã.-Completou Akira. A situação
estava começando a piorar para nós, teríamos que fazer alguma
coisa. Já não era de hoje que éramos uma organização perseguida
pelo governo, sempre fomos uma pedra no sapatinho deles.
-E quanto ao Shiro, onde está
ele?- Perguntei, já que até agora eu não havia visto onde ele
estava.
-Eu e Akira levamos ele para a
Nastya, já que aqui não é um lugar seguro. Ele está bem, porém
não mostra que irá acordar.- Respondeu Jun.
-Ótimo, ótimo... Agora vamos
até o QG, preciso ver como estão as coisas lá.- Disse, pegando meu
casaco negro que estava esticado em uma cadeira e vestindo-o
rapidamente.- Armem-se até os dentes para sair, o perigo aumentou e
se ele nos confrontar não é só com um revólver que iremos
ganhar.- Ordenei.
-Sim, Scarlet!- Os dois disseram,
indo diretamente até o quarto onde guardavam um verdadeiro arsenal.
Enquanto esperava os dois olhei ao redor da espaçosa sala, vendo que
minha preciosa katana estava no mesmo lugar em que eu deixei.
Peguei-a e coloquei naquela espécie de “cinto” que cruzava
minhas costas.
-Ivanovich, já podemos ir!- Ouvi
a voz de Akira e no mesmo instante me virei, vendo eles mais armados
do que eu havia imaginado.
-Aqui Scarlet, suas armas...- Jun
estendeu-as e eu as coloquei nos coldres. Agora já estávamos
prontos.
Seguimos em direção da porta, a
qual era absurdamente reforçada. Akira abriu-a sem qualquer
dificuldade e logo já estávamos descendo a enorme escadaria
preenchida por entulho e com suas paredes marcadas por buracos de
projéteis, evidências de tempos passados, quando o mundo se
estilhaçou e entrou num período de silêncio que perdura até os
dias atuais.
Em pouco tempo já estávamos nas
ruas abandonadas e quietas que antes eram movimentadas, cheias de cor
e vida. A atmosfera desta quarta-feira estava estranha, carregada. Eu
sentia um perigo iminente, tão concreto que eu jurava poder tocá-lo
como se fosse uma pessoa. O céu cinzento que anunciava que uma
tormenta viria em breve também contribuía para que o clima ficasse
cada vez mais pesado de se aguentar e eu estava começando a criar
certa paranoia, olhava para todos os lados a cada minuto. Eu tinha a
certeza de que esta caminhada até a avenida Nevski (onde eram as
instalações da Central) seria um pouco desesperadora.
-Jun...
Eu estou com medo.- Ouvi o moreno dizendo, enquanto olhava fixamente
para o chão. Instantâneamente o rapaz de cabelos loiros
aproximou-se dele, passando um de seus braços pelas suas costas,
dando uma espécie de abraço. Jun era um rapaz muito gentil e se
preocupava muito com Akira.
-O clima está realmente pesado
hoje... Mas não se preocupem, logo estaremos chegando ao nosso
destino.- Disse, numa tentativa de acalmá-los, pois Jun também
tinha um semblante de preocupação estampado em sua face.
A caminhada prosseguiu totalmente
silenciosa após isso. Eu continuava a olhar para todos os lados,
pois as ruínas haviam se tornado mais perigosas do que já eram, já
que tínhamos um assassino à solta.
-Por
favor... Tenha piedade de nós!- Ouvi um grito choroso vindo de não
muito longe, o som deveria estar vindo além
de uma espécie de “beco” que cortava o espaço entre dois
prédios. Após aquele local, se bem me lembrava, era uma rua
bastante aberta.
Decidi correr até lá, sendo
seguida pelos dois rapazes.
-Scarlet...- Akira murmurou
espantado ao ver a cena. Ali estava uma mulher ajoelhada que
aparentava ter seus vinte anos e um garotinho que deveria ter seis
anos ou menos. Havia dois soldados em volta da mulher, um deles
apontava um fuzil para sua cabeça e o outro olhava-a friamente. Não
havia exceção para o garotinho, ele estava imobilizado por outro
soldado que apontava um revólver para sua cabeça.
-Vamos logo, vadia! Eu não tenho
tempo para dramas! Me diga onde estão aqueles desgraçados!- Bradou
o homem, dando-lhe em seguida um chute em seu rosto, que já estava
ferido.
-Capitã... Nós não...?- Ouvi
Jun murmurar.
-Não,
Jun. Se fizéssemos isso estaríamos entregando a nós e a
Soprotivleniye.
Não
há nada que possamos fazer por eles.- Respondi, voltando a olhar a
cena.
-Eu não sei, senhor! Tenha
piedade!- Gritou a mulher, desesperada, agora levando mais um golpe.-
Poupe meu irmãozinho pelo menos...
-Petrov,
atire.- O homem que fazia as perguntas ordenou ao que segurava o
garoto. No mesmo momento um disparo foi dado. Um disparo à
queima-roupa na cabeça do pequeno, que caiu morto no mesmo instante.
-Mark!- Gritou a mulher, correndo
em direção do irmão que não pôde alcançar, pois no mesmo
momento em que se moveu, o tiro de fuzil foi dado certeiramente em
sua cabeça, fazendo com que a mesma ficasse destruída.
-Vamos, rapazes. Já vimos coisas
demais por hoje e temos que nos apressar.- Disse, enquanto já me
virava e ia embora, já sendo seguida novamente. Não gostava de
presenciar cenas como aquelas, porém eu não podia fazer nada a
respeito.
-Por que, Scarlet?! Por que?!-
Akira começou a falar em um tom de voz alto e as lágrimas já
começavam a aparecer. Para tentar acalmá-lo, Jun o abraçou
novamente.
-Eu
não podia fazer nada, Akira. Aqueles desgraçados andam com câmeras
embutidas em seus uniformes que em tempo real mostram o que eles
estão vendo. Mesmo que os matássemos os nossos rostos já seriam
vistos e seríamos cercados em questão de pouco tempo e xeque-mate
para eles.- Respondi,
friamente. Apesar de odiar ver tamanhas injustiças, eu já havia
visto muitas coisas piores, logo, já estava acostumada com a
crueldade humana.
-Vamos... Ou acabaremos sendo
achados...- Disse Jun, com um olhar triste no rosto enquanto abraçava
o moreno, que chorava.
Continuamos a andar por mais
alguns minutos, até que chegamos em frente a enorme porta que nos
separava do interior da Central. Conhecia muito bem os protocolos de
segurança que tínhamos, então pude deduzir que levantaram a
“fortaleza metálica”, já que estávamos entrando num estado de
risco, então ergui uma pequena e discreta tampa que havia fixada na
parede e ali estava a fechadura de leitura ocular. Posicionei-me em
frente daquele dispositivo, que liberou um feixe de luz, me
identificando e permitindo a nossa entrada.
As portas comuns e surradas se
retraíram para o lado e duas portas enormes e metálicas se abriram
logo depois, na vertical. Entramos rapidamente e logo elas se
fecharam simultâneamente. Todos os lados daquele prédio foram
blindados com um sistema incrível do qual fazia paredes metálicas
surgirem por dentro, deixando a parte de fora apenas como um
disfarse. Esta era a fortaleza metálica.
Seguimos
pelos corredores até chegar ao salão. O que encontramos ali foi uma
completa cena de desordem. O enorme local estava cheio de membros da
Mertvykh que brigavam em voz alta, enquanto olhavam para os irmãos
Yozhov, que estavam de pé em cima de um balcão de madeira.
O rapaz e a moça tentavam
falhamente acalmar a situação.
-Finalmente vocês chegaram!-
Ouvi uma voz conhecida atrás de mim, quando virei-me era Viktor que
estava ali, encostado no batente da porta.-Estamos com
problemas.-Continuou.
-Eu pude perceber... Viktor.
Agora que estamos sem os líderes e sofremos ataques de hackers,
precisamos tomar alguma atitude.- Disse ao ruivo.
-Olhem só!- Ouvi Masha Yozhov
dizendo, quando percebi, ela estava apontando para mim.- Ivanovich,
você pode nos ajudar, pode nos liderar!- Disse ela. O silêncio
fez-se presente assim que notaram minha presença. Como eu não
queria que isso tivesse acontecido, eu não prestava para essas
coisas, sequer entendia como fui promovida a capitã.
Apenas fiquei parada, sem
qualquer reação.
-Scarlet, não fique parada aí!-
Exclamou Akira, que logo começou a me dar pequenos empurrões para
que eu fosse naquele balcão.
Vendo que todos estavam olhando
para aquele canto específico onde estávamos, me obriguei a ir até
lá. Concordava que eu não poderia ficar parada, apenas observando,
mas o pedido de Masha e o olhar fixo de Leo que demontrava confiança
em mim me deixaram simplesmente abalada. Eu nunca quis ser líder de
alguma coisa ou alguém, nunca quis comandar. Sempre fui alguém que
trabalhou sozinha e quando estava acompanhada em algo como as
missões, alguém sempre morria ou era ferido. Lembro-me claramente
da última missão, meus parceiros saíram em um estado deplorável.
Ficando nervosa pela primeira vez
em pouco tempo eu me apressei em subir naquele balcão, vendo todos
os olhares direcionados à mim.
-Scarlet... Você pode nos
ajudar?- Perguntou Leo, que segurava minhas mãos.
-Eu não sei.- Respondi, vendo-o
seu rosto se cortoncer numa expressão de espanto.-Eu não decido
isso, afinal, a Mertvykh só existe porque todos decidiram estar
aqui, lutando. Então, a decisão é de todas estas pessoas que estão
presentes. Só cabe a eles.- Vi a expressão do rapaz mudar para uma
de alívio.
-Quem aprova a Scarlet, levante a
mão!-Disse Masha, em tom alto. No mesmo momento diversas mãos se
ergueram, me deixando totalmente surpresa. Eu não acreditava no que
via e a cena se tornava cada vez mais surreal, pois todos que ali
estavam presentes começaram a bater palmas e gritar coisas como
“vamos lá, Scarlet!”.
-Então, vamos lá, pessoal.-
Disse Leo, fazendo com que todos ficassem quietos. Os irmãos Yozhov
eram o braço direito dos falecidos líderes, então os membros da
organização costumavam ter certa postura com eles.
Agora eu deveria começar a falar
sobre que atitudes deveríamos tomar diante da situação em que nos
encontrávamos, esperava não me perder no meio de toda a explicação.
-É
o seguinte, ouçam. Tendo
em conta que a perseguição por parte do governo tenha aumentado,
vamos começar pela retiragem dos membros e armamentos presentes no
Palácio de Inverno. Como estão a nossa procura, é muito provável
que eles venham a procurar lá. Peço que as equipes responsáveis
pelas comunicações entre o pessoal envie uma mensagem urgente
ordenando que venham para cá e que não deixem nenhuma evidência de
que passaram por lá, qualquer pista pode ser fatal.
-Scarlet,
e quanto ao assassinato dos líderes, o que deveremos fazer sobre
isso?- Perguntou um rapaz.
-Eu pensarei sobre isso com mais
paciência, primeiramente nos preocupemos com nossa segurança.-
Menti. Eu tinha a plena certeza de que o criminoso fazia parte da
organização por um motivo óbvio: ninguém de fora sabia a
localização deles.
-E as invasões de nossos
sistemas?- Perguntou uma moça.
-Irei
trocar os responsáveis por essa área da segurança pelos rapazes
Jun, Akira e também
a nossa recém-chegada Anna Thomsen.- Respondi. Deveria deixar
pessoas de confiança nessa parte, pois eu tinha a certeza de que os
códigos e senhas foram vazados para o governo pelo mesmo que havia
assassinado os líderes.-Eles trocarão todo o esquema da
criptografia e também as senhas, adicionando sistemas que compliquem
o acesso e confundam qualquer um que tentar chegar à nossas
informações.- Dei uma pausa.
-Gostaria de dizer que hoje
enquanto estávamos a caminho da central, presenciamos dois inocentes
sendo mortos por soldados do governo pois estes estavam a procura de
nossa localização. Isso indica que reforçaram muito mais as buscas
pela nossa localização atual. Se precisarem sair tomem cuidados
extras, não andem sem cobrir seus rostos e carreguem consigo
armamentos pesados.
-Como assim cobrir o rosto?-
Masha me perguntou.
-Estes homens andam com câmeras
ocultas que mostram em tempo real o que eles estão vendo. Se virem
nossas faces será muito mais fácil de nos reconhecerem.- Expliquei.
-Entendi, vamos tomar todos estes
cuidados.- Disse a moça.
-Por
enquanto é apenas isso, em pouco tempo estarei voltando com mais
coisas que precisaremos fazer à respeito. Podem
voltar a o que estavam fazendo.-
Disse por fim, pulando
daquele balcão e indo em direção da enorme porta de entrada
daquele salão. Teria muitas coisas a se pensar e com certeza os dias
se tornariam mais difíceis daqui para frente, mais batalhas estavam
para começar.
-Scarlet Project-
Que tal um capítulo médio para compensar a demora? Foram cinco páginas e 2213 palavras -q
Sim senhores, esse capítulo ficou meio sem sentido -q Mas tudo a seu tempo, sim? As coisas irão se desenrolar.
Só quero dizer uma coisa: à partir desse capítulo, a fanfic vai começar a ganhar mais ação e ela vai pegar fogo em todos os sentidos possíveis... Mentira, só no sentido de ação e pew pew pew -q
Acabei o capítulo na melhor parte de novo, aguardem a continuação!
Uma coisa, comentários são desu desu!
Olha, quem comentar leva de brinde uma tekpix, a câmera mais vendida do Brasil -q
Gostei muito desse capitulo! >w< esta ficando cada vez mais emocionante! Quando vai te Yaoi? '3' kkkkkkkkk será que o Akira vai ser o uke?? humm....o Jun tem cara de seme! u.u (Mas mesmo assim o Akira é meu! T.T)
ResponderExcluirQuero o próximo! *o*/
Kissus♥
Que bom que gostou, Victoria! Fico feliz que tenha gostado (^^)
ExcluirEu não sei bem se eu vou colocar yaoi -q Afinal desviaria o foco da história, mas vamos ver se aproveito para colocar um de presente -q
O Akira é o uke forevermente u.u Jun é o seme delícia -q
Logo eu posto o próximo >///<